O artigo premiado analisa em profundidade os conceitos de arte e de identidade cultural e dedica especial atenção à polémica sobre a forma e o conteúdo da arte contemporânea. Nele questiona-se se a arte é uma mera manifestação estética ou, se pelo contrário, encerra em si um conteúdo ético, e se dá resposta à pergunta de quais são os limites da arte quando esta não é ideologicamente neutra.
 
No seu discurso de agradecimento, o premiado destacou da Fundação Professor Uría a sua “visão humanista do Direito, entendido como instrumento de convivência e socialização, e o seu conceito de cultura como fonte de progresso social e pessoal”.
 
A decisão do Júri foi adotada por unanimidade, mas não deixou de referir a altíssima qualidade do trabalho finalista: "Estudio sobre los aspectos jurídicos en la vida de Mariano Fortuny y Henriette Nigrín", de Silvia Bañares Vilella, que será publicado no Anuario Iberoamericano de Derecho del Arte, obra na qual são divulgados tanto o artigo premiado como outros artigos cuidadosamente selecionados.
 
A cerimónia de entrega, celebrada ontem na sede da Uría Menéndez em Madrid, foi presidida por Javier Solana e Romana Sadurska, presidente e vice-presidente executiva da Fundação Professor Uría, respetivamente, e teve como convidada especial Rebeca Grynspan, secretária geral ibero-americana, para entregar o prémio.
 
De igual forma, a Fundação Professor Uría convocou já a quinta edição do prémio, cujo prazo de apresentação dos artigos termina a 31 de outubro de 2018.
 
O Júri da próxima edição será presidido novamente por Daniel Proença de Carvalho e será constituído por Encarnación Roca Trías, Miguel Satrústegui Gil-Delgado, Juan Cadarso Palau e Juan E. Cambiaso. Na qualidade de secretário, Agustín González García.