Na passada terça-feira, celebrou-se, no auditório da Fundação, em Madrid, a cerimónia de encerramento do Programa Escola Solidária de Direito (ESD), que contou com a presença do filósofo, escritor e pedagogo José Antonio Marina, que proferiu uma conferência intitulada “Como explicar o Direito aos não juristas”.

Marina, que se considerou um “convertido tardio ao Direito”, afirmou que o Direito é “a máxima criação da inteligência humana”, pois é a disciplina que nos permite conviver e avançar como sociedade. Defendeu a inclusão nos currículos académicos de disciplinas que cubram esta matéria para levar o Direito aos mais jovens, e elogiou o trabalho desenvolvido pela ESD, cujo programa qualificou de “muito bom do ponto de vista pedagógico”.

Carlos López-Quiroga, membro do conselho de administração da Fundação Professor Uría, fez um balanço positivo do programa da ESD durante o ano letivo de 2017/2018, no qual participaram 186 voluntários, 2196 alunos e 27 centros escolares.

À cerimónia, na qual também participou a vice-presidente executiva da Fundação Professor Uría, Romana Sadurska, assistiram professores, coordenadores e diretores dos colégios e escolas de Madrid nos quais o curso foi lecionado durante o ano, assim como os voluntários participantes.

Mais de uma década a formar jovens

Com doze anos de existência, a ESD tem como objetivo principal que os alunos do ensino básico se iniciem no conhecimento do Direito como ferramenta para a convivência, a integração e a resolução de conflitos de forma não violenta.

A Escola Solidária dá a conhecer o Direito como instrumento para a formação das crianças e dos jovens como cidadãos democráticos, conscientes dos seus direitos e responsáveis pelos seus deveres, com capacidade para construir uma sociedade mais justa e solidária. O programa é lecionado, todos os anos, em escolas públicas de Madrid, Barcelona, Valência, Bilbau, Lisboa e Porto.